segunda-feira, 22 de abril de 2013

PELO MENOS 80 PESSOAS MORRERAM NA CONQUISTA DE JDEYDET AL-FADEL PELAS FORÇAS SÍRIAS

 

Mais um massacre foi denunciado pelo Observatório dos Direitos Humanos, no mesmo dia em que o líder do principal grupo da oposição se demitiu perante a "impacção" da comunidade internacional.
Mulheres e crianças estarão entre as mais de 80 pessoas mortas pelas forças sírias na tomada de Jdeydet al-Fadel, nos arredores da capital Damasco. Entre elas, há vítimas de bombardeamentos mas também de execuções sumárias, de acordo com o Observatório para os Direitos Humanos, uma ONG com sede no Reino Unido, que diz ter provas da morte de pelo menos 80 vítimas.
Esta ONG conta com uma rede de ativistas e médicos por todo o país e diz que muito mais pessoas poderão ter morrido na batalha de quatro dias por Jdeydet al-Fadel numa zona que tem sido palco de violentos confrontos. No sábado, os rebeldes da oposição recuaram por falta de munições. Domingo de manhã, as forças governamentais estavam em domínio absoluto da localidade.
No mesmo dia, Moaz al-Khatib, presidente do principal grupo da oposição síria, a Coligação Nacional Síria, demitia-se. Na sua página do Facebook anunciou a demissão e escreveu: “Quando um pássaro está na sua gaiola, permanece preso e paralisado. Ontem [domingo] saí da gaiola da decepção em que me encontrava.” “Decepção”, terá explicado um membro do partido Marwan Hajjo, relacionada com a posição da comunidade internacional e a sua “falta de ação real em defesa do povo sírio”.
“A comunidade internacional, o grupo dos Amigos da Síria [grupo de governos árabes e ocidentais que apoiam a oposição], devia estar a fornecer armamento pesado que permitisse aos sírios defender-se”, afirmou Hajjo.
Sábado, véspera do anúncio da demissão e da informação sobre o massacre de Jdeydet al-Fadel, o secretário de Estado norte-americano John Kerry descreveu como “horrenda” a situação na Síria e anunciou numa conferência em Istambul a duplicação da ajuda financeira americana aos rebeldes da Síria para 123 milhões de dólares (cerca de 95 milhões de euros) mas a ajuda militar letal continua a ficar condicionada pelo receio manifestado por Washington e União Europeia de que as armas cheguem ao poder de extremistas ligados à Al-Qaeda.
Em Março – que foi, também segundo ao Observatório dos Direitos Humanos, o mês mais mortífero (com 6000 mortes) desde o início da revolta, em Março de 2011, contra o Presidente sírio Bashar al-Assad – Moaz al-Khatib tinha querido demitir-se. Agora, será definitivo.
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