sábado, 24 de agosto de 2013

ATAQUE MATA TRÊS PESSOAS NA FRONTEIRA ENTRE RDC E RUANDA



Pelo menos três pessoas morreram neste sábado após a queda de um projétil lançado, pelo segundo dia consecutivo, sobre a cidade de Goma, situada no extremo leste da República Democrática do Congo (RDC), informou hoje a emissora congolesa "Radio Okapi".
O projétil caiu durante a manhã de hoje no bairro de Ndosho, no oeste da cidade, que é cenário de enfrentamentos entre as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e o grupo rebelde M23.
Nos últimos dias, os ataques voltaram a ocorrer na cidade, localizada na fronteira com a Ruanda, e hoje ocorreram protestos devido à situação de insegurança.
O porta-voz da Missão da ONU na RDC (MONUSCO), Felix-Prosper Basse, pediu que os moradores de Goma "deixem (às forças da ONU) fazer seu trabalho", em declarações a "Radio Okapi".
"Compreendo sua dor, quero expressar minhas condolências às famílias das vítimas e a vontade da MONUSCO de não ceder às provocações e responder firmemente", acrescentou.
A Prefeitura de Goma, nessa mesma linha, pediu "serenidade" à população, segundo a emissora.
Ontem, outros dois civis morreram e 14 ficaram feridos após a queda de quatro projéteis em Goma, informou o vice-governador de Kivu do Norte, Feller Lutahichirwa.
As autoridades congolesas acusaram ontem a Ruanda de "crimes de guerra" ao assegurar que os projéteis que atingiram Goma foram lançados do país vizinho e não de posições dos rebeldes do M23.
"Este ato de Ruanda contra a população civil é um crime de guerra e contra a humanidade", advertiu ontem o porta-voz do governo congolês, Lambert Mende.
O porta-voz do Executivo congolês pediu que as Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional (TPI) "tirem suas conclusões".
No leste da RDC, também ontem, morreram pelo menos 17 milicianos do grupo rebelde M23 e dois civis, em uma contraofensiva lançada pelo Exército congolês na cidade de Kibati e em seus arredores, na província de Kivu do Norte.
O chefe da MONUSCO, Martin Klober, ordenou na quinta-feira que suas tropas "reagissem e tomassem qualquer medida necessária para proteger os civis e impedir o avanço do M23".
O M23 é formado por soldados congoleses amotinados, alguns deles membros do antigo Congresso Nacional para a Defesa do Povo, supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, que é julgado no TPI por crimes de guerra.
Em 20 de novembro de 2012, o M23 tomou a estratégica cidade de Goma, capital de Kivu do Norte, o que motivou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas e ameaçou com um conflito de repercussões regionais.
A RDC está imersa em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem em seu território cerca de 19 mil efetivos da ONU.
Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
http://nao-questione.blogspot.com.br/?view=flipcard
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Nenhum comentário:

Postar um comentário