Dez manifestantes foram detidos na noite de terça-feira (27) durante a manifestação que aconteceu próximo ao Palácio Guanabara, no bairro de Laranjeiras, zona sul do Rio. Houve confronto entre policiais militares e manifestantes, que teve início após um estudante recusar a ter sua mochila revistada por PMs. Balas de borracha e spray de pimenta foram usadas para dispersar a população, mas manifestantes afirmam que a Polícia Militar teria usado armas letais no momento da confusão. Imagens registradas pela Rede Record mostram uma jovem sendo espancada por cinco policiais. Uma estudante e um PM ficaram feridos.
Os manifestantes detidos foram levados para a Delegacia do Catete (5ªDP) e foram liberados após assinarem um termo circunstanciado. Entre os detidos, um era menor de idade e foi autuado no artigo 68 da Lei das Contravenções Penais. Outro manifestante levado para 5ª DP já tinha passagem por roubo e furto no Estado de São Paulo.
O confronto entre policiais e os cerca de 300 manifestantes, que mais uma vez protestavam contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), começou por volta de 20h30. Em seguida, caminhonetes com policiais do Choque começaram a perseguir "Black Blocs", que rapidamente montaram barricadas. Em nota, a PM afirma que manifestantes teriam lançado pedras em direção aos agentes com o objetivo de provocar os policiais e somente depois, o Batalhão de Choque deu início a repressão de vândalos. Ainda de acordo com a PM, os policiais recolheram as pedras jogadas e acabaram recuando na barreira policial como forma de proteção.
Para se protegerem da ação da PM, manifestantes usaram placas, grades e até um táxi, que passava perto da Pinheiro Machado e foi obrigado a retornar, como "escudo".
A estudante, que seria moradora de Laranjeiras, foi ferida por uma bala de borracha. Ela foi atendida no local por socorristas de plantão e encaminhada para o hospital Souza Aguiar, no centro. O PM que ficou machucado foi ferido na testa por uma pedra e levado para o Hospital Geral da Polícia Militar, também no centro, onde foi examinado e liberado. Segundo a corporação, ele precisou levar pontos no ferimento.
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