terça-feira, 27 de agosto de 2013

O MISTÉRIO DA MORTE DE RON BROWN: O FATÍDICO MONTE DE SÃO JOÃO


No dia 3 de abril de 1996, mesmo ao pé de Dubrovnik, a AWACS perdeu repentinamente o avião que transportava uma delegação norte-americana. Um avião CT-43A, a versão militar do Boeing 737-200, não é muito fácil de perder. O avião se desviou da trajetória em praticamente duas milhas, mas isso já não preocupou ninguém.

O casal de camponeses Ana e Miho Dunlic, do povoado de Velji Do, foram os primeiros a ouvir o ruído de um avião que voava a uma latitude sorpeendentemente baixa. Era muito estranho. Os aviões nunca se faziam à pista por cima da sua casa. A sirene soava muito alto, avisando que o avião estava demasiado próximo do solo. A asa esquerda tocou no solo, o aparelho embateu nas rochas e explodiu. Em Dubrovnik já toda a gente sabia disso. Mas porque é que os norte-americanos andaram durante horas à procura do avião no mar Adriático em vez de procurarem nas montanhas? A primeira comunicação da CIA, transmitida para Washington a partir da embaixada dos Estados Unidos em Zagreb, falava precisamente disso.

Quatro horas depois, os militares croatas de operações especiais já estavam no monte de São João, apenas porque alguém telefonou para a polícia a avisar que um avião tinha caído na montanha. Só depois disso é que os helicópteros da SFOR (Stabilisation Force, a força de paz da OTAN na Bósnia e Herzegovina) chegaram ao local do acidente. Eles afastaram imediatamente a polícia croata e começaram o seu trabalho. Os corpos das vítimas eram embalados em sacos de plástico e içados com um cabo de recuperação para o helicóptero que transportava os cadáveres para a morgue improvisada no aeródromo. Os médicos-legistas eram todos norte-americanos.

A catástrofe é difícil de explicar com o cansaço dos pilotos: o voo só tinha demorado 45 minutos. O avião era velho, mas estava em excelente estado, tinha até anteriormente transportado o Secretário de Estado da Defesa dos EUA William Perry, assim como a esposa e a filha do presidente estadunidense Bill Clinton. Isso tinha sido apenas uma semana antes do acidente de Dubrovnik. Todo o voo de 3 de abril de 1996 pode ter sido analisado pelas gravações das comunicações entre os pilotos e a torre de controle. Mas as gravações desapareceram misteriosamente. Depois disso se começou a dizer que na modificação militar do Boeing 737-200 era proibido instalar "aparelhos de controle".

Segundo todos os relatos, Ron Brown era uma pessoa afável que fez muito pelos negócios norte-americanos em todo o mundo. Contudo, ele arranjou inimigos quando foi intermediário nos fornecimentos de armas para a Bósnia. No Congresso dos EUA foram ouvidos diversos apelos para uma investigação clara de todas as causas dessa catástrofe aérea, mas até agora muito material continua classificado como "secreto".

Em 1996 e 1997, muitas culpas foram atribuídas aos pilotos Asli Davis e Timothy Shaffer. Afirmavam que eles não tinham dormido bem, eles foram acordados, quase ainda de noite, para lhes transmitirem a carta de navegação com as instruções de aproximação ao aeródromo de Dubrovnik sublinhadas. Logo a seguir à decolagem, eles terão logo escolhido o corredor errado e a tripulação do avião já nem sabia o que fazer. Não é de excluir que um mau serviço prestado pelo piloto pessoal do presidente croata Franjo Tudjman tenha sido fatal. Ele disse em comunicação aberta que a visibilidade era má sobre Dubrovnik, com nuvens baixas, e que se há dificuldades eles devem regressar para Split.

Até à catástrofe faltavam 2-3 minutos de voo. Nesse momento do voo, a velocidade é normalmente reduzida para as 160 milhas por hora regulamentares. Os norte-americanos já se encontravam na zona de nuvens e deveria abortar a aterrissagem se não detectassem a pista. Mas eles não o sabiam e, 35 segundos depois, embateram na montanha. Dubrovnik estava então equipado com a aparelhagem de navegação mais rudimentar, enquanto os pilotos estadunidenses estavam habituados a trabalhar só com computadores. Os familiares das vítimas moveram um processo judicial contra as autoridades norte-americanas, mas acabaram por não vir a saber quais foram as verdadeiras causas do acidente que vitimou Ron Brown e outras 35 pessoas, que em 3 de abril de 1996 não conseguiram terminar a viagem de Tuzla para Dubrovnik.

Fonte: Voz da Rússia

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