quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PAÍSES DO BRICS APROXIMAM-SE DA CRIAÇÃO DE UM BANCO DE RESERVAS


Os países do BRICS aproximaram-se da criação de um banco de reserva, que irá cumprir as funções de fundo de estabilização. Esta foi a declaração do vice-ministro das finanças da China Zhu Guangyao. Tal fundo de ajuda mútua ajudará a limitar a influência do dólar sobre a economia dos países em desenvolvimento, assinalam os especialistas.

O Brasil propôs criar o banco de reserva em 2012. E o acordo sobre sua formação foi assinado em março deste ano. O fundo conjunto dos países do BRICS deve apoiar os parceiros do bloco em caso de piora dos índices econômicos.

Agora essa ajuda seria oportuna como nunca. Depois dos comunicados do Sistema de Reserva Federal (SRF) dos EUA sobre a possível redução do programa de alívio quantitativo, as moedas nacionais dos países em desenvolvimento começaram a cair. Desde maio as reservas de ouro e divisas dos países em desenvolvimento reduziram-se em mais de 80 bilhões de dólares.

Isto obrigou os bancos centrais do BRICS a elaborar programas de salvamento das moedas nacionais. Somente o Brasil destinou 60 bilhões de dólares para intervenções de divisas em apoio ao real. Unidos, os países do BRICS podem ajudar suas moedas nacionais a se tornar menos dependentes do dólar, assinala o economista Valeri Mironov:

"A queda das moedas nacionais dos países em desenvolvimento, inclusive dos países do BRICS, tornou-se um sério problema para a maioria deles neste ano. Em princípio a ideia da criação de um banco de reserva dos países do BRICS está no curso dos entendimentos que foram alcançados já na primavera. Então debateram as intenções de criar uma alternativa ao Banco Mundial e FMI. A idéia é sensata, considerando que nos espera uma onda de fortalecimento da instabilidade nos mercados em desenvolvimento."

O capital inicial do banco é avaliado em 100 bilhões de dólares: 41 bilhões serão concedidos pela China, a Rússia, Índia e Brasil concederão 18 bilhões cada um e mais 5 bilhões pela República da Africa do Sul. Este dinheiro irá para crédito aos países, a fim de melhorar os índices macroeconômicos. Mais um objetivo é o financiamento de projetos de investimentos, inovações e infra estrutura. Isto é, apoio ao setor real da economia. Sendo que os recursos serão destinados não apenas para os próprios países do BRICS, mas também para projetos em outros países em desenvolvimento.

Agora o conselho econômico do BRICS elabora documentos normativos e mecanismos de trabalho do fundo. No Ministério das Finanças russo supõem que a preparação dos documentos levará ainda seis meses, algum tempo será necessário para sua ratificação. O banco de reserva poderá selecionar e financiar o primeiro projeto em 2015.

Além disso os países necessitam combinar como serão tomadas decisões e com que valor de ajuda podem contar os participantes - assinala o presidente da Associação de bancos russos Gareguin Tossunian:

"É necessário que haja proporções correspondentes e influência correspondente sobre a aprovação de decisões, se surgirem problemas com os índice macroeconômicos dos países. O banco de reserva irá atual de modo análogo ao de outros institutos internacionais. Esta é uma certa resposta à posição do SRF e ECB, que declararam recusar responsabilidade em relação a não-residentes, que usam o dólar e o euro."

Futuramente o Banco de reserva pode ser aberto também para outros participantes. Podem aderir tanto países como organizações financeiras internacionais. Em breve o BRICS terá o caminho complexo de passagem do atual modelo de desenvolvimento, que é baseado no afluxo de investimentos, para o modelo de desenvolvimento à custa de tecnologias. O banco de reserva deve ajudar nisto: ele ira dar dinheiro "barato" para o avanço do setor de inovação.

Além disso a criação do "mecanismo de defesa" para o BRICS fortalecerá a confiança dos investidores nas economias em desenvolvimento e também aumentará a influência dos países em desenvolvimento sobre a economia mundial.

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