A cada ano que passa vem diminuindo o número de participantes daquela batalha sem precedentes. Hoje, o complexo memorial foi visitado por 15 veteranos da guerra. O mais novo tem 86 anos. O chefe de governo transmitiu as felicitações a todos os antigos combatentes, realçando "ter imenso prazer de se encontrar naquele local por motivo dessa data festiva":

"Hoje, folheando mais uma vez as páginas dedicadas ao grandioso evento na história da Grande Guerra Patriótica, percebi não ter havido algo semelhante na história da Humanidade. E, falando francamente, jamais haverá. Nunca houve tal concentração de tropas, de material bélico e, sobretudo, de vontade humana que fez possível quebrar a coluna vertebral do Exército fascista e, no essencial, fazer a reviravolta no decurso da guerra. Após a batalha de Kursk, o inimigo já não podia causar perdas sensíveis ao Exército Vermelho. Este combate foi seguido de muitos outros combates e acontecimentos marcantes, mas foi precisamente a batalha de Kursk que veio determinar a brusca viragem na história da Grande Guerra Patriótica. Isto foi feito não por equipamentos militares, embora esses tivessem desempenhado um papel colossal, nem por cálculos especiais de dirigentes militares, cujo papel também se reveste de grande importância. A vitória foi alcançada graças ao feito dos soldados de nosso país."

Os duros combates nas proximidades de Kursk se prolongaram por 49 dias, envolvendo cerca de mais de 2 milhões de efetivos, 6 mil carros de combate e 4 mil aviões. Questionados sobre as causas da vitória e as forças para enfrentar o poderoso adversário, os veteranos encolhem os ombros, enaltecendo o papel de seus correligionários. "Todos estavam prontos a combater até à morte para derrotar o inimigo, tendo revelado exemplos de coragem nunca vista e dedicação à Pátria", afirma o participante da batalha Anatoli Scherbakov:

"Impressiona-me muito o espírito que reinava em nossas tropas. Imagine a armada hitleriana a reunir 100 divisões militares, ou seja, 41% das tropas concentradas na frente soviético-alemã, os novos carros blindados Tigres e Panteras, invulneráveis a qualquer tipo de projétil. Mas, apesar disso, nossas tropas acabaram por resistir à sua rápida e maciça investida. Ninguém recuou."

Evocando os acontecimentos dessa altura, os veteranos ressaltam ter sido uma batalha horrível: a terra ardia debaixo dos pés como se fosse um inferno. Pereceram centenas de milhares de pessoas. Tal tragédia não se deve repetir, dizem os antigos combatentes em uníssono.

Dmitri Medvedev salientou que a geração pós-guerra "pode viver graças ao sacrifício destes combatentes" e aproveitou a ocasião para fazer votos de boa saúde e felicidade."Estamos imensamente gratos, se não fossem vocês, não teríamos nascido", enfatizou o primeiro-ministro russo.

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