sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CRIANÇAS SÃO OBRIGADAS A TRABALHAR EM CAMPOS DE REFUGIADOS SÍRIOS, DIZ ONU


A maioria das cerca de 1,1 milhão de crianças sírias que estão em campos de refugiados em países vizinhos não estuda e trabalham para ajudar a sustentar suas famílias, segundo relatório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados divulgado nesta sexta-feira.

O documento, chamado "O Futuro da Síria -- Crianças Refugiadas em Crise", mostra que metade das casas de refugiados sírios dependem do trabalho infantil para sobreviver. Apenas no campo de refugiados de Za'atri, na Jordânia, mais de 680 estabelecimentos comerciais empregam crianças.

Em alguns dos casos, meninos e meninas são obrigados a trabalhar pelas famílias para garantir o sustento. Na Jordânia e no Líbano, foram encontradas crianças de sete anos trabalhando um número excessivo de horas, em alguns casos em condições de exploração.

Como reflexo da necessidade do trabalho, da falta de estrutura dos campos e de condições financeiras dos refugiados, a maioria das crianças está fora da escola. Apenas no Líbano, que concentra cerca de 1,7 milhão de refugiados, cerca de 200 mil crianças estão fora das escolas.

Outro fator que contribui para o trabalho infantil é a separação das famílias. Mais de 70 mil famílias sírias se mudaram aos países vizinhos sem os pais, em sua maioria mortos ou envolvidos nos combates contra o regime de Bashar al-Assad, e outras 3.700 crianças moram com parentes ou desacompanhadas.

"Se não agirmos rapidamente, uma geração de inocentes se tornará a última vítima de uma guerra terrível", disse o chefe do alto comissariado, António Guterres.

ÓDIO

O relatório ainda menciona que a maioria das crianças passam por reações emotivas, em especial o ódio. Algumas dessas crianças expressaram o desejo de voltar à Síria para combater, junto com pais, irmãos e outros parentes. Também foram ouvidos relatos de crianças treinadas para o combate.

A falta de registro e o risco de criar milhares de apátridas também são observados como problemas pela Acnur. Entre janeiro e meados de outubro, 68 certidões de nascimento foram emitidas na área de refugiados de Za'atri, na Jordânia.

O conflito, iniciado em março de 2011, também deixou centenas de crianças feridas, algumas delas atendidas nos campos de refugiados. A agência da ONU informa que mais de mil crianças receberam tratamento por feridas provocadas pelo conflito, enquanto 741 deram entrada em hospitais do Líbano.

As crianças representam um sexto dos cerca de 7 milhões de sírios que deixaram o país devido ao conflito entre as tropas do Exército sírio e os rebeldes. Segundo a ONU, mais de cem mil morreram nos quase três anos de combates.

Fonte: Folha de São Paulo

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