terça-feira, 27 de maio de 2014

BRASIL: CINCO MILITARES VÃO RESPONDER POR MORTE DE RUBENS PAIVA NA JUSTIÇA


A Justiça Federal aceitou, nesta segunda-feira 26, a denúncia proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) contra cinco militares reformados do Exército pela morte de Rubens Paiva na ditadura civil-militar. Com isso, José Antonio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf e Souza e Raymundo Ronaldo Campos serão réus e vão responder por homicídio, ocultação do cadáver, associação criminosa armada e fraude processual.

O juiz federal Caio Márcio Gutterres Taranto interpretou que os acusados não estão protegidos pela Lei da Anistia já que a denúncia do MPF trata de delitos previstos no Código Penal e não de crimes políticos. Além disso, o magistrado decidiu que a acusação é embasada em crimes contra a humanidade e, portanto, que não podem prescrever. Os militares, no entanto, ainda podem recorrer.

“O homicídio qualificado pela prática de tortura, a ocultação do cadáver (após tortura), a fraude processual para a impunidade (da prática de tortura) e a formação de quadrilha armada (que incluía tortura em suas práticas) foram cometidos por agentes do Estado como forma de perseguição política. (…) A esse fato, acrescenta-se que o Brasil (…) reconhece o caráter normativo dos princípios de direito costumeiro internacional preconizados (…) pelas leis de humanidade e pelas exigências da consciência pública”, assinalou Taranto.

Os procuradores responsáveis pela ação consideraram a decisão como “histórica” na luta para que agentes da ditadura não fiquem impunes pelos crimes cometidos entre 1964 e 1979. “A decisão, além de reafirmar o compromisso do Estado brasileiro com as normas do direito internacional, reforça a compreensão disseminada na sociedade brasileira de que os crimes cometidos na época da ditadura militar devem ser punidos. O Ministério Público Federal tem renovada confiança de que o Judiciário condenará os culpados”, informou nota no site do MPF.

Eleito deputado federal pelo PTB, Rubens Paiva foi cassado logo após o golpe militar de 1964. Depois de ser exilado, voltou ao Brasil. Em 1971 foi preso e levado para o Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa) e depois transferido para o Destacamento de Operações e Informações (DOI), do 1° Exército, no Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte do Rio, onde o crime ocorreu entre os dias 21 e 22 de janeiro de 1971.

Fonte: Carta Capital

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário