terça-feira, 7 de outubro de 2014

HONG KONG VOLTA À NORMALIDADE COM MANIFESTANTES EXAUSTOS


Desde o dia 28 de setembro, protestos exigiam mais liberdades políticas; país atravessa a pior crise política desde 1997

Manifestantes pró-democracia em número claramente reduzido eram pressionados nesta segunda-feira, 6, pela opinião pública em Hong Kong para acabar com o movimento que paralisa a cidade desde o último dia 28 de setembro para exigir mais liberdades políticas.

A ex-colônia britânica sob tutela de Pequim retornava à normalidade, com a volta ao trabalho de um grande número de moradores, a reabertura de muitas escolas e o fim do bloqueio da sede do governo, onde 3.000 funcionários puderam retornar a seus postos.

Nos locais em que dezenas de milhares de manifestantes se reuniam, a mobilização foi bastante reduzida.

Mas as linhas de ônibus continuam sendo desviadas por causa das barreiras em algumas ruas. O tráfego era lento e o metrô estava lotado, provocando grande desconforto aos usuários.

Os líderes estudantis, que lançaram o movimento, garantiram que a mobilização vai continuar até que o governo aceite suas condições para o diálogo.

"Colocamos toda a nossa energia para as negociações, para que os alunos estejam em pé de igualdade com o governo", declarou Alex Chow à AFP.

O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, fez um novo apelo à dispersão o "o mais rápido possível", especialmente no bairro comercial de Mongkok, em frente à ilha de Hong Kong, no continente, um dos três locais ocupados pelos manifestantes.

Leung se declarou disposto a "tomar todas as medidas necessárias para restabelecer a ordem pública", mas não ameaçou os manifestantes com uma ação policial.

O movimento pró-democracia recebeu amplo apoio público, mas depois de oito dias de paralisia o descontentamento era crescente, especialmente entre os comerciantes.

Um simpósio que deveria reunir 11 Prêmios Nobel a partir de quarta-feira foi cancelado "devido às perturbações persistentes", segundo os organizadores.

Entre os que permaneciam nas ruas, o alívio de não terem sido expulsos pela polícia disputava com a exaustão.

"É bom que nada aconteceu (com a polícia), eu esperava que algo acontecesse para que terminasse mais rapidamente", admitiu Otto Ng Chun-pulmão, de 20 anos, um estudante de sociologia.

"Todo mundo está esgotado".

Alguns, no entanto, pareciam dispostos a permanecer nas ruas, enquanto outros prometiam voltar.

"Vamos ficar aqui até que o governo nos ouça", declarou Jurkin Wong, um estudante de 20 anos, perto de uma enorme estátua de madeira de um homem com guarda-chuva, acessório que se tornou o emblema do movimento agora conhecido como a "revolução dos guarda-chuvas".

Hong Kong atravessa a pior crise política desde a devolução à China em 1997

Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição ao Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia.

Professores universitários chamaram seus alunos a deixar as ruas no domingo, enquanto vários manifestantes consideravam que era hora de fazer uma retirada tática.


"Mesmo aqueles que apoiam o movimento não querem perder dinheiro", ressaltou o analista político Willy Lam.

"Acredito que é prudente reduzir (a ocupação), porque seria difícil convencer o público de que o bloqueio permitiria obter resultados."

"Se as negociações entre as autoridades e o governo forem completamente estéreis", e o vice-presidente chinês Xi Jinping se recusar "a fazer qualquer concessão, será sempre possível retomar o movimento", disse à AFP.

O Banco Mundial disse temer consequências negativas sobre a economia de Hong Kong e de forma mais geral sobre a chinesa, cuja magnitude dependerá da duração do período de "incerteza".

Fonte: AFP

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário