segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

JORNALISTA QUE DIVULGOU MORTE DE PROMOTOR NA ARGENTINA REFUGIA-SE EM ISRAEL



O jornalista argentino Damián Pachter, o primeiro a divulgar a morte do promotor Alberto Nisman, no último dia 18, chegou no domingo (25) a Tel Aviv após deixar Buenos Aires, se dizendo ameaçado.

Em texto publicado no site do jornal israelense Haaretz no domingo, Pachter, que trabalha para o Buenos Aires Herald, disse ter sido perseguido por um agente de inteligência antes de fugir do país, no sábado (24).

Alberto Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça em 18 de janeiro, quatro dias depois de ter acusado a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e outros membros do governo de encobrir suspeitos de envolvimento no atentado à sede de uma organização judaica em Buenos Aires em 1994.

Na noite de sábado, após a fuga do jornalista ser noticiada pela imprensa argentina, a agência estatal Télam publicou uma nota, com informações passadas pela empresa Aerolíneas Argentinas, também estatal, revelando que Pachter fora para o Uruguai.

A conta oficial da Casa Rosada no Twitter republicou a nota da Télam, que também divulgava a data marcada para a volta, dia 2 de fevereiro.

A divulgação, pelo governo, das informações pessoais do jornalista, que se dizia sob ameaça, foi alvo de questionamento em jornais como o Clarín e o La Nación.

No artigo publicado no Haaretz, Pachter desmente a informação e diz que seu bilhete de volta está comprado para dezembro. "Eu não tenho ideia de quando voltarei à Argentina; eu nem sei se quero", afirma.

O jornalista não cita nenhuma ameaça direta, mas diz que uma matéria também publicada pela Telám, que falava sobre um suposto tuíte seu – o qual alega não ter escrito –, deixou-o intrigado. "Percebi que o tuíte era uma espécie de mensagem codificada", diz. Ele então falou com um amigo que o orientou a sair imediatamente da cidade.

No caminho, que envolveu trechos de ônibus a lugares não identificados pelo jornalista, ele disse ter fotografado um suposto agente de inteligência que o estaria seguindo.

Pachter, que tem ascendência judaica, retornou a Buenos Aires na madrugada de sábado para embarcar para Montevidéu. De lá, seguiu para Madrid e, em seguida, para Tel Aviv.

Arma

No domingo, o La Nación divulgou que Nisman havia pedido uma arma emprestada a Rubén Benítez, um dos policiais responsáveis por sua equipe de segurança.

Em depoimento, o agente teria revelado que Nisman pediu para que ele fosse no seu apartamento no sábado de manhã e lhe pediu informações para comprar uma arma, como nomes de lojas e preços. Segundo o policial, Nisman queria manter uma pistola no carro para as ocasiões em que saísse com suas filhas.

Benítez teria respondido que a segurança do promotor e de sua família eram responsabilidade dos policiais.

Na mesma manhã, o promotor teria então procurado Diego Lagomarsino, técnico de informática que trabalhava para ele, que lhe emprestou um revólver. A arma foi a que disparou o tiro fatal no domingo.

A promotora responsável pelas investigações, Viviana Fein, tem defendido a tese de suicídio e disse que o tiro foi disparado "a menos de 1 cm" da têmpora de Nisman.

Fonte: Voz da Rússia, Folha Online

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