sexta-feira, 24 de abril de 2015

BRASIL: PAÍS SOFRE EPIDEMIA DE 3 TIPOS DE IMPLICANTES


Se descobriu que o governo Alckmin, além da epidemia de dengue, também patrocinava um criatório de implicantes. Um exemplar foi pego com a boca na botija.

Implicante Tipo 1

O Brasil está sofrendo uma epidemia de implicantes. Médicos e pesquisadores alertam para a ocorrência de tipos mutantes desse sujeito.

Todos estávamos acostumados ao Implicante Tipo 1, aquele clássico. O Implicante Tipo 1 reclama de tudo. Briga por algo importante, mas se exaspera ainda mais por coisas banais.

Os sintomas comuns são irritação, reclamação crônica, mania de perseguição ou de perseguidor. O implicante sente um comichão quando não tira alguém do sério. Mas, até aí, nada de mais. Atire a primeira pedra quem nunca teve seu dia de Implicante Tipo 1.

O problema é que os tipos mutantes já estão por aí atacando a paciência e o bom senso do País inteiro. Pesquisas no campo da Biologia indicam o surgimento de pelo menos mais duas espécies do 'implicantus esperniantes'.

Implicante Tipo 2

Tem implicante para tudo o que é lado. O pior é que eles estão maiores, mais fortes, mais rápidos e muito melhor financeiramente.

Recentemente, se descobriu que o governo Alckmin, além da epidemia de dengue, patrocinava um criatório de implicantes. Um exemplar foi pego com a boca na botija para ser submetido a exames.

Os primeiros testes revelaram que o paciente, protegido pelo pseudônimo de Sr. Merengue, na verdade tinha mesmo era picolé de chuchu na maior parte de sua composição.

Os pesquisadores concluíram que esse Implicante de Tipo 2 é do tipo hemorrágico. Mais agressivo que o implicante clássico, ele se espalha com rapidez pelas redes sociais.

Há condições ideais em que ele se desenvolve: precisa ter uma empresa, prestar consultoria, bater o bumbo e as panelas e garantir uma legião de seguidores se quiser ser provido e bem pago.

Implicante Tipo 2 não é mais pessoa física, é pessoa jurídica. Tem marca registrada e sua implicância virou meio de vida, como acontece ultimamente com Joaquim Barbosa, que tem buscado tratamento especializado em Miami. Assim que foi tomado pela implicância, Barbosa abriu uma firma tendo como endereço empresarial seu apartamento funcional do STF. 

Implicante Tipo 3

Os especialistas, porém, alertam para um tipo ainda mais grave de implicante, o de Tipo 3 - a Implicância Sindrômica.

Há suspeitas de que o acúmulo de substâncias tóxicas nas cúpulas da Câmara e do Senado - aquelas cumbucas do Congresso voltadas, respectivamente, para cima e para baixo -, tenham sido responsáveis por afetar o humor de muitos parlamentares.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o do Senado, Renan Calheiros, que se imaginavam livres de tudo, demonstraram que estão com a imunidade baixa depois que foram incluídos na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em função de denúncias da Operação Lava Jato. Foram provavelmente acometidos de Implicância Tipo 3.

Os sintomas são inquietação, palidez, perda de consciência, delírio, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, picos de pressão e incontinência orçamentária.

Tais sintomas preocuparam também o PSDB em relação ao estado de saúde do senador Aécio Neves, a ponto de se ter chamado, para avaliar o quadro do ex-candidato à presidência, uma junta de doutores composta por Fernando Henrique Cardoso, que é doutor; José Serra, que foi ministro da Saúde e é hipocondríaco; e Miguel Reale Jr, que é constitucionalista, um tipo de médico da cabeça das instituições.

Tentando integrar a junta, um famoso advogado tributarista defensor do impeachment se passou por clínico geral, mas acabou barrado na entrada. Depois, deu meia volta, se fingiu de padre, vestiu um pretinho básico e forçou a entrada outra vez, mas acabou preso e denunciado por plágio por aquele repórter que invadiu a UTI de Michael Schumacher usando uma batina e rogando preces de extrema unção.

A junta tucana ainda não fechou seu diagnóstico, mas percebeu que o quadro de Aécio Neves inspira cuidados. Ele ainda acha que vai vencer as eleições de 2014; grita "impeachment" quando está trancado no banheiro; não sabe dizer se é mineiro ou carioca e não se lembra onde deixou a chave do aeroporto de Cláudio-MG.

Ao final dos exames, o tucano também não soube diferenciar um caranguejo de um escorpião. Ao receber votos de melhoras, exigiu a recontagem.

Por precaução, a junta recomendou ao candidato repousar e tomar muito líquido - água, de preferência.

Antonio Lassance é colunista de Carta Maior desde 2008.

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