terça-feira, 30 de junho de 2015

SERIE DE FOTOS DE ANIMAIS ENJAULADOS NO ZOOLÓGICO


Boza Ivanovic cresceu em Belgrado e trabalhou como assistente de câmera antes de se mudar para Los Angeles em 1996. Seu trabalho apareceu em publicações americanas como a National Geographic, Esquire, e outros. O "Out of The Wild Zoo Retratos" Série da foto também foi publicada em forma de livro.

"Demorou horas de observação para obter conhecer cada criatura"

"Fiquei impressionado com o que pulou fora do quadro - uma personalidade, uma alma"



"Eu espero que estas imagens semelhante falar como eles revelam de cada animal único beleza, majestade, poder e espírito"





"Embora todos estão em cativeiro físico, suas características irreprimíveis nunca poderia ser algemado"











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Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

ARTISTA LIGA PORTAS DE MADEIRA ANTIGAS EM GIGANTES STREET ART MURAIS


O artista belga Stefaan De Croock fez com mobiliário de antigas portas em tempo integral na 'Strook, "este projeto artístico que começou em 2011 onde evita repintar qualquer material que ele encontra.

"Cada escultura ou pintura mural reciclado tem sua própria história. Neste caso, a parede sobre a qual eu construí a instalação também foi uma inspiração ", disse ele Modern Met. 

"A melancólica, postura frágil da figura simboliza uma pessoa no conforto de sua casa."

Strook de terminar um mestrado em Belas Artes em design gráfico em Sint-Lucas, em Ghent, Bélgica. Sua primeira exposição foi realizada em 2010, e ele mostrou o seu trabalho em toda a Europa e os Estados Unidos.

"Eu gosto de trabalhar com madeira descartada. É como um regresso no tempo "


"Cada escultura ou pintura mural reciclado tem sua própria história"


"Eu sempre mantenho um olho aberto para a madeira. A "seleção" é quase tão importante como a fabricação da obra de arte "


Não pinto a madeira, deixando-a falar por si



"Madeira e Paint é uma espécie de conversa entre materiais diferentes"



"Nós somos todos tão diferentes e tão idênticos"



"Cada pedaço [de madeira] tem sua própria história e vem junto em uma nova composição e forma uma nova história"


Fonte: Mais informações: Strook

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FOTOS D ARACHNOCAMPA LUMINOSA, UMA ESPÉCIE DE FUNGO EM NORTH ISLAND


Esta fotografia de longa exposição surreal de vaga-lumes foi capturado pelo artista de novas mídias Joseph Michael. O fotógrafo baseado em Zealand Auckland, tirei estas imagens em formações de calcário caverna de 30 milhões de anos de idade em North Island.

"As exposições variou na caverna e quão perto eu poderia receber. 5 minutos para os close-ups. 30 minutos ou 1 hora para algumas das mais largas ", explica Michael no Facebook. Existem "foi um pouco de experimentação envolvido. Obtendo o ISO / f mix parada certa. A luz azul em algumas das fotos é um LED suave que é alimentado a partir de minha bateria de carro / inversor de combinação. "

Arachnocampa luminosa é uma espécie de fungo mosquito endémico a Nova Zelândia. A larva pende laços de seda que são até 40 cm (15,75 polegadas) para capturar suas presas.











Fonte: Joemichael

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CONHEÇA O COURO ECOLÓGICO FEITO COM FIBRAS E FOLHAS DO ABACAXIQUE SERIAM DESCARTADAS


A qualidade do couro muitas vezes vem com um custo: o abate desnecessário de animais. E, ao contrário do que muita gente acredita, nem todo o couro que usamos provem de animais que vão parar em nosso prato. Alguns deles servem simplesmente como vestimenta. Mas… e se nós pudéssemos conseguir um material tão durável, bonito e resistente quanto o couro, mas sem precisar sacrificar nenhum animal para isso?

Essa é a proposta deste couro ecológico, conhecido como Piñatex. O produto foi desenvolvido pela empresa Ananas Anam, da designer espanhola Carmen Hijosa, que contou com o apoio da Royal College of Art em uma parceria com as marcas Camper, Puma e com o designer Ally Capellino para transformar o produto em matéria-prima e lançá-lo no mercado.


Segundo Carmen, o produto pode ser tingido, impresso e tratado, conferindo a ele diferentes texturas. Graças a essa versatilidade, é possível usá-lo na criação de sapatos, bolsas, estofados e outras peças. A fabricação do Piñatex se dá a partir do reaproveitamento do caule e das folhas do abacaxi, em que as fibras são extraídas do material através de um processo chamado de descasque. Esse processo é feito por uma comunidade agrícola, o que mostra ainda uma preocupação com a responsabilidade social durante a fabricação do produto.

É através de uma etapa industrial que as fibras obtidas são transformadas em um tecidomaleável, ecológico e biodegradável. Ao todo, são necessárias as folhas de cerca de 16 abacaxis para produzir um metro quadrado do tecido. Confere só o resultado:







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BRASIL: MP INVESTIGA AÉCIO POR DEFASAGEM DE R$ 14,2 BILHÕES NA SAÚDE DE MINAS GERAIS


Aécio Neves e Antonio Anastasia deixaram de repassar R$ 14,2 bilhões à Saúde em Minas Gerais, revela ação movida pelo Ministério Público. Gastos com saúde foram maquiados até com pagamentos a canil da PM, acusam procuradores

Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) são alvos de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais cobrando que o estado repasse R$ 14,2 bilhões para o setor da saúde pública. A Procuradoria da República em Minas diz que os tucanos descumpriram a Emenda Constitucional 29, que determina aplicação mínima de 12% do orçamento para a área, ao não executar os devidos investimentos quando foram governadores, entre 2003 e 2012. As informações constam no website da Procuradoria da República de Minas Gerais.

Além do não repasse, procuradores dizem na ação que houve, em um período de dez anos, seguidas manobras contábeis para forjar o cumprimento da emenda, “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”. Os autores da ação denunciam que “R$ 9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo governo mineiro, quantia que, em valores atualizados, corresponde a um desfalque de R$ 14,2 bilhões”.

Na acusação, os procuradores dizem que os tucanos inflaram dados incluindo gastos estranhos ao setor de saúde com o objetivo de simular o cumprimento da determinação constitucional. “Despesas com animais e vegetais” estão entre os exemplos de deturpação no investimento mínimo, diz a ação, uma vez que foram incluídas na rubrica orçamentária verbas destinadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária e à Fundação Estadual do Meio Ambiente.

A ação civil diz ainda que o governo mineiro, no período mencionado, “chegou ao absurdo de incluir” em sua prestação de contas o custeio de serviços veterinários prestados a um canil da Polícia Militar como se fosse investimento em saúde pública. Nesse caso, também foram incluídos na rubrica gastos referentes à compra de medicamentos para uso veterinário.

Aécio e Anastasia foram procurados e não se posicionaram sobre a ação. Por meio de nota, o PSDB alegou que o cálculo feito pelos governos tucanos para atendimento à Emenda 29 é o mesmo do governo federal, e que as contas de ambos os governadores foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. A atual gestão mineira, do petista Fernando Pimentel, também não se pronunciou sobre a acusação contra os tucanos.

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BRASIL: AS SETE MAIORES VERGONHAS DO BRASIL EM TODOS OS TEMPOS


Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, Trip Magazine

A lista dos episódios mais vergonhosos da história nacional foi elaborada pela antropóloga Lilia Schwarcz e a historiadora Heloisa Starling, autoras do recém-lançado ”Brasil: uma biografia”.

1 — Genocídio da população indígena

Até os dias de hoje há controvérsia sobre a antiguidade dos povos do Novo Mundo. As estimativas mais tradicionais mencionam 12 mil anos, mas pesquisas recentes arriscam projetar de 30 mil a 35 mil anos. Sabe-se pouco dessa história indígena, e dos inúmeros povos que desapareceram em resultado do que agora chamamos eufemisticamente de “encontro” de sociedades. Um verdadeiro morticínio teve início naquele momento: uma população estimada na casa dos milhões em 1500 foi sendo reduzida aos poucos a cerca de 800 mil, que é a quantidade de índios que habitam o Brasil atualmente.

2 — Sistema escravocrata

O Brasil recebeu 40% do total de africanos que compulsoriamente deixaram seu continente para trabalhar nas colônias agrícolas do continente americano, sob regime de escravidão, num total de cerca de 3,8 milhões imigrantes. Fomos o último país a abolir a escravidão mercantil no Ocidente (só o fazendo em 1888, e depois de muita pressão) e o resultado desse uso contínuo, por quatro séculos, e extensivo por todo o território foi a naturalização do sistema. Escravos eram abertamente leiloados, alugados, penhorados, segurados, torturados e assassinados.

3 — Guerra do paraguai

O Império brasileiro errou em cheio. Avaliou-se que a contenda internacional opondo, de um lado, Brasil, Uruguai e Argentina, e, de outro, o Paraguai seria breve e indolor. No entanto, a guerra – na época chamada de “açougue do Paraguai” ou de “tríplice infâmia” – durou cinco longos e doloridos anos: de 1865 a 1870. A consequência para o lado paraguaio não foi apenas a deposição de seu dirigente máximo, mas a destruição do próprio Estado nacional. Os números de mortes sofridos pelo país são até hoje controversos e oscilam entre 800 mil e 1,3 milhão habitantes. Quanto às estatísticas brasileiras, a relação de homens enviados varia de 100 a 140 mil.

4 — Canudos

Em 1897, a República abriu guerra contra Canudos: uma comunidade sertaneja originada de um movimento sóciorreligioso liderado por Antônio Conselheiro. Canudos incomodou o governo da República e os grandes proprietários de terras, pois era uma nova maneira de viver no sertão. Em 1897, o arraial foi invadido por tropas militares, queimado a querosene e demolido com dinamite. A população foi dizimada. Em Os sertões, publicado em 1902, Euclides da Cunha escreve: “Canudos não se rendeu. Caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, e todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados”.

5 — Polícia política do Governo Vargas

Em 1933, Getúlio Vargas criou a Delegacia Especial de Segurança Política e Social (Desp). Para comandá-la, Vargas entronizou o capitão do Exército, Filinto Müller. Na condição de chefe de polícia, Müller não vacilou em mandar matar, torturar ou deixar apodrecer nos calabouços do Desp os suspeitos e adversários declarados do regime sem necessidade de comprovar prática efetiva de crime. Pró-nazista, sua delegacia manteve um intercâmbio, reconhecido pelo governo brasileiro, com a Gestapo – a polícia secreta de Hitler – que incluía troca de informações, técnicas e métodos de interrogatório.

6 — Centros clandestinos de violação de direitos humanos

A ditadura militar instalou, a partir de 1970, centros clandestinos que serviram para executar os procedimentos de desaparecimento de corpos de opositores mortos sob a guarda do Estado – como a retirada de digitais e de arcadas dentárias, o esquartejamento e a queima de corpos em fogueiras de pneus. No Brasil governado pelos militares, a prática da tortura política e dos desaparecimentos forçados não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e nessa constatação reside o escândalo e a dor.

7 — Massacre do Carandiru

Mais conhecida como Carandiru, a Casa de Detenção de São Paulo abrigava mais de 7 mil detentos, em 1992 – a capacidade oficial era de 3.500 pessoas. No dia 2 de outubro, uma briga entre facções rivais de presidiários terminou num massacre: a tropa policial entrou no presídio utilizando armamento pesado e munição letal. 111 presos foram mortos e 110 feridos. O cenário era de horror. Passados 21 anos, somente em 2014, 73 policiais foram condenados – todos podem recorrer em liberdade.

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BRASIL: BELO MONTE, UMA USINA DE PROMESSAS


O Instituto Socioambiental (ISA) lançou esta semana o Dossiê Belo Monte, que aponta para uma série de erros e equívocos no planejamento e construção da terceira maior hidrelétrica do mundo

O Brasil está prestes a ver mais um reservatório de usina hidrelétrica ocupar espaços que antes eram destinados a múltiplos usos. A história se repete, com nuances de diferenças e muitas similaridades. A hidroeletricidade é apontada como uma das energias ambientalmente mais limpas do planeta, no entanto, não se pode dizer o mesmo de seus impactos sociais. A hidrelétrica de Belo Monte está instalada em uma das regiões de maior sociobiodiversidade, do Brasil, muito próxima ao Parque Indígena do Xingu e de Altamira, cidade que sempre foi um portal para a Amazônia. Principal obra da primeira fase do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), a construção da usina de Belo Monte começou em 2011 e tem sido recheada por tropeços em sua implantação e carregada de passivos ambientais e sociais.

A falta de cronograma claro e definição de responsabilidades para as contrapartidas assumidas pela Norte Energia, empresa responsável pela obra, transforma qualquer pequena demanda em um imenso jogo de empurra entre os atores envolvidos. As obras das estações de tratamento de água e saneamento em Altamira são o exemplo mais pitoresco desses impasses. A empresa entregou para a prefeitura toda a infraestrutura que garantiria água de boa qualidade e o tratamento de esgotos, contudo, nega-se a fazer as ligações aos imóveis que consomem a água e geram os esgotos. Nesse processo foram investidos R$ 485 milhões e a população ainda depende de poços e fossas em seu cotidiano.

Há críticas consistentes também em outras áreas da relação entre poder público e a Norte Energia, como saúde ou segurança. A presença da obra de Belo Monte, que será a 3ª maior hidrelétrica do mundo, levou milhares de trabalhadores e migrantes para a região, causando um enorme impacto sobre os serviços públicos, que já não eram de excelência antes do início dessa movimentação. A população de Altamira deu um salto de 100 mil para 150 mil habitantes, o que se refletiu no número de ocorrências policiais, onde a taxa de homicídios subiu de 48 para cada 100 mil habitantes para os atuais 57 assassinatos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 32 e a média mundial é de seis.

Transitar em Altamira também tornou-se um exercício arriscado. O número de acidentes de trânsito na cidade subiu de 456 para 1169 em um ano, o que serviu, também, para aprofundar a crise nos serviços públicos de saúde, que em apenas um hospital em 2013 os atendimentos foram triplicados.

Saúde e educação foram áreas muito impactadas pela presença de uma nova população, formada principalmente por trabalhadores da Norte Energia, suas famílias, prestadores de serviços e pessoas em busca de mais oportunidades, além, é claro, das populações ribeirinhas e rurais deslocadas de suas casas por conta das obras e do território que será ocupado pelas águas represadas do rio Xingu. A empresa se comprometeu a investir na infraestrutura de saúde, mas atrasou a entrega de todos os equipamentos contratados.

A infraestrutura de educação também é bastante exigida, novamente o atraso na entrega das obras combinadas com a Norte Energia levou os municípios a suportarem excesso de alunos em salas de aula. Além disso, há um dado importante: o Ministério da Educação considera em seus repasses para os municípios o número de estudantes matriculados no ano anterior. No caso da região impactada por Belo Monte o número de alunos tem crescido à base de mil a mais por ano, o que amplia a pressão sobre os recursos municipais. Em 2012, havia em Altamira 24.791 alunos, em 2015 o número de alunos matriculados (ensino infantil e fundamental) aumentou para 27.486.

É importante registrar que houve um expressivo aumento nas taxas de reprovação e evasão escolar com riscos importantes para segurança de crianças e adolescentes. Somado a isso há o fato de que o Conselho Tutelar de Altamira conta com apenas cinco pessoas para atender mais de dois mil casos por ano.

A hidrelétrica é, também, o empreendimento de maior impacto sobre populações indígenas em todo o Brasil. Mais uma vez o empreendedor não inovou em nada, adotou na maior parte de seus investimentos com foco nesse grupo critérios clientelistas. Dos R$ 212 milhões que a empresa alega ter gasto a maior parte foi ofertada em presentes e “mesadas” para as aldeias, em uma relação desigual com as comunidades. Essa oferta desmedida de dinheiro desequilibrou os sistemas de produção de alimentos nas aldeias, que passaram a comprar produtos industrializados de baixa qualidade e impôs riscos à segurança alimentar principalmente das crianças.

A relação da Norte Energia com o Ibama tem sido de conflito e composição em situações onde licenças são concedidas antes que as contrapartidas sejam, de fato, entregues à população e às prefeituras da região. Essa situação piora com a falta de uma presença efetiva de comando e controle, o que tem levado a uma exploração de recursos naturais em Terras Indígenas, onde a retirada de madeira já pode ter chegado a valores próximos a meio bilhão de reais.

A situação dos recursos pesqueiros é um capítulo a parte. Mesmo fazendo um monitoramento semestral na região, os dados coletados pelo Ibama não estão sendo colocados à disposição da população, de pesquisadores ou de organizações sociais que fazem o acompanhamento dos impactos sobre a pesca, um importante elemento de geração de renda e segurança alimentar para as populações ribeirinhas e para os povos indígenas.

Mesmo não sendo o primeiro e nem o único empreendimento de porte instalado no Brasil, a construção de Belo Monte vem repetindo erros que já deveriam ter ficado no passado autoritário. Praticamente todas as iniciativas de diálogos produtivos entre os principais atores não têm levado a avanços importantes, questões fundamentais como o reassentamento de populações rurais e a criação de assentamentos urbanos não avançam por falta de flexibilidade nos planos da empresa.

Essa falta de diálogo reflete-se, também na ausência de transparência em relação aos investimentos, aos financiamentos e aos volumes de recursos alocados em cada uma das áreas de atuação da Norte Energia em todo o processo de planejamento, licenciamento e construção da usina de Belo Monte. Neste momento em que as comportas estão para ser fechadas fica a lição de como não de fazer uma grande obra de infraestrutura na Amazônia, região sensível que ainda vai abrigar muitos bilhões em geração de energia, mineração, estradas e todo o tipo de intervenções impactantes sob o ponto de vista ambiental e social.

* Dal Marcondes é jornalista com especialização em economia e Ciência Ambiental e dirige o Portal Envolverde.

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