quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

'ATENTADO EM ISTAMBUL É SOMENTE O INÍCIO, HAVERÁ MAIS ATAQUES TERRORISTAS'


Qual foi o objetivo do atentado em Istambul de 12 de janeiro? Poderá haver mais ataques no futuro? A Sputnik tenta esclarecer a situação.

Em 12 de janeiro, no centro histórico da cidade de Istambul, um homem-bomba detonou um engenho explosivo que causou 10 mortes e 15 feridos. A maior parte de vítimas era de origem alemã.

O especialista em assuntos de segurança e luta contra o terrorismo, Metin Gurcan, afirmou em entrevista à Sputnik que, pelos vistos, o Daesh aspira a expandir a área das suas atividades. O Daesh quer superar a derrota que tem sofrido nos tempos mais recentes. Entretanto, o atentado em Istambul foi muito diferente dos que aconteceram em Ancara e Suruc.

“Pela primeira vez, um militante estrangeiro realizou um ataque terrorista na Turquia, escolhendo como alvo um grupo de turistas estrangeiros. Assim, trata-se de um atentado cometido por um estrangeiro contra estrangeiros”, disse Gurcan.

O especialista disse que a causa principal de preocupação e o principal alvo de atenção devem ser os jovens radicalizados.

“Trata-se de um grande número de jovens, prontos a perder a sua vida para tirar as vidas dos outros. Eles não estão somente prontos para isso, eles dão passos concretos para o pôr em prática.”

Gurcan afirmou que, após treinarem por 2-3 semanas e receberem armas e explosivos, os jovens se tornam “numa bomba de efeito retardado que pode detonar em qualquer lugar”.

Na opinião do especialista, o atentado em Istambul é somente o início.

“Estamos no patamar de grandes choques e o atentado em Istambul é o prenúncio de uma série de ataques terroristas”, afirmou.

Koray Gurbuz, especialista militar da Universidade de Bilkent em Ancara, opina que o objetivo principal do atentado em Istambul é enfraquecer a Turquia economicamente. É bem conhecido que a Turquia ganha 40-50 bilhões de dólares anualmente com o turismo.

Se a Turquia está interessada em assegurar a segurança dos seus cidadãos, deve iniciar a luta contra o Daesh porque os grupos terroristas no Oriente Médio “são fantoches nas mãos do Ocidente, que visam fragmentar a Turquia”, disse Gurbuz.

Ao invés de se aproximar do Daesh, da Frente al-Nusra ou de outros grupos terroristas, a Turquia tem de restaurar o diálogo com as autoridades legítimas da Síria e cooperar com o governo central iraquiano. Somente respeitando a soberania dos seus vizinhos a Turquia poderá travar uma luta eficaz contra o terrorismo. Na opinião do especialista, a Turquia irá introduzir em breve alterações na sua política nesta área.


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